Blanche de Namur era filha do conde Jean de Namur. Diz-se que Magnus IV Eriksson, rei da Suécia e da Noruega, foi seduzido pela beleza da jovem princesa quando partiu para França em busca de uma noiva de prestígio. A princesa partiu para a Escandinávia em agosto de 1335 e nunca mais voltou a ver as margens do Mosa, tornando-se rainha da Noruega, da Suécia e de Skåne. Em memória da sua beleza, da sua suavidade e da sua delicadeza, a Brasserie du Bocq dedicou-lhe uma cerveja branca: a "Blanche de Namur". Turva, suave e macia, a Blanche de Namur é uma cerveja de trigo de grande qualidade. Desde o primeiro gole, sentirá toda a redondeza e delicadeza que fazem dela uma cerveja excecional. As suas qualidades e o saber-fazer da cervejeira valeram-lhe a distinção de melhor cerveja branca do mundo em 2009, 2013 e 2014. Um modelo do género que é ao mesmo tempo floral e frutado, entre coentros e casca de laranja. O nariz é fresco, bastante delicado. Servir fresco, não gelado, para apreciar os aromas e acentuar o amargor elegante que envolve a boca ao longo da degustação. Temperatura de degustação entre 2° e 4°C.
A cervejaria oferecia aos consumidores uma gama muito vasta de produtos, desde as cervejas de mesa às cervejas fortes, passando por toda uma série de densidades, cores, amarguras e sabores. O próprio cervejeiro era responsável pela distribuição dos seus produtos num raio relativamente pequeno em torno da cervejaria. Foi no início do século XX que começou a ser fabricada a La Gauloise, atualmente a marca mais antiga ainda produzida na cervejeira, uma cerveja preta de fermentação superior. Desde o início, esta cerveja foi um sucesso inegável. A cervejaria foi constituída como sociedade anónima em 1949. Independente de qualquer grupo cervejeiro belga ou estrangeiro, mantém o seu carácter familiar. Em 1960, a atividade agrícola e a distribuição porta-a-porta foram definitivamente abandonadas. Foi o início da distribuição através de supermercados, mercados de bebidas e comerciantes de cerveja. Com a aquisição da Brasserie Centrale de Marbaix-La-Tour, em 1967, a Brasserie du Bocq acrescentou duas novas cervejas à sua gama de produtos: a SAISON REGAL, atualmente GAULOISE AMBREE, cuja ideia deu origem, em 2013, à SAISON. 1858 e a CHRISTMAS REGAL, entretanto rebaptizada CHRISTMAS GAULOISE. Foi nessa altura que a família Belot decidiu concentrar a produção cervejeira exclusivamente na produção de cervejas especiais de alta fermentação com refermentação em garrafa. Em 1983, a Brasserie du Bocq abandonou a exploração da Brasserie Centrale de Marbaix-La-Tour para transferir toda a produção de cerveja para Purnode, onde a unidade de produção foi radicalmente modernizada com fundos próprios. Aproveitando a tendência para as cervejas tradicionais, a Brasserie du Bocq começou a exportar. E foi um sucesso. De facto, as cervejas belgas adquiriram uma excelente reputação em todo o mundo. A Brasserie du Bocq exporta principalmente para França, Países Baixos, Itália, Grã-Bretanha, Espanha, Suíça, Finlândia, Austrália, Japão, China, Suécia, Estados Unidos, Brasil, Rússia, Ucrânia, etc. Em sete anos, a produção duplicou para 114.683,31 hectolitros em 2018. 14.823.842,63 Com um volume de negócios atual de mais de euros, a Brasserie du Bocq é uma das maiores cervejeiras independentes da Valónia. Hoje, em Purnode, embora a família BELOT tenha transferido a sua herança para a família KEERSMAEKERS, que produz CORSENDONK na Brasserie du Bocq há mais de 30 anos, e embora a cervejaria tenha ultrapassado largamente o seu enquadramento regional, nada mudou e os valores da empresa permanecem intactos. Apostemos que esta história continuará por muito tempo e que as cervejas Bocq continuarão a dar vida a esta pequena aldeia de Purnode em Condroz.
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